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    Assembleia discute capacitação para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém

    Qui, 15 de Abril de 2010 07:43

    A formação de mão de obra para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém foi tema nesta terça-feira, dia 13, de audiência pública na Assembleia Legislativa que discutiu o Centro de Treinamento Técnico do Ceará (CTTC) e as Escolas Profissionais. O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Roberto Cláudio, autor do requerimento para a realização do evento, atribuiu ao CTTC “profunda importância para garantir a formação de mão de obra técnica para os empreendimentos no Pecém”.



    Para Roberto Cláudio, o ensino médio em dois tempos ofertando ensino técnico, embora não dirigido ao Pecém, terá papel decisivo na mudança do destino dos jovens. O deputado contextualizou a audiência diante da expectativa de construção de um novo momento econômico com a materialização de sonhos que estão se tornando realidade no Pecém, com a capacidade de transformar a vida de centenas de cearenses. Citou a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em fase final de aprovação pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico, a expansão da rede Centec com duas novas unidades, e a formação de mestres e doutores para área foco do Pecém.



    O projeto do CTTC foi apresentado por Hortência Sucupira, coordenadora de Educação Profissional da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), e pelo presidente do Instituto Centec, Odorico Monteiro. Das 125 Escolas Profissionais, duas delas de ensino agrícola em Lavras da Mangabeira e Granja e 59 já implantadas - , foram apresentadas por Thereza Maria de Castro Paes Barreto, coordenadora de Educação Profissional da Secretaria de Educação.



    Hortência Sucupira informou que o CTTC será construído em Caucaia com 9.100 metros quadrados para capacitar mão de obra para as indústrias que estão se instalando no Complexo Industrial Portuário do Pecém. De início, irá ofertar formação inicial continuada - cursos modulados de 80 a 240 horas nas áreas de construção civil, eletromecânica, química e petroquímica. “São as áreas que apresentam os empreendimentos de maior porte, principalmente refinaria, siderúrgica, termoelétrica e outras empresas”, ela justificou.



    “O CTTC vai formar mão de obra básica mas tem condições de se expandir”, disse a coordenadora da Secitece. Depois que atender a demanda inicial básica que as empresas apresentaram ao governo, o CTTC irá fazer uma formação de nível técnico com cursos de mais de mil horas - acrescentou. A unidade vai ser gerida pelo Instituto Centec, com o qual o governo tem contrato de gestão para prestação de serviço de educação profissional. Será feito um novo contrato de gestão para o CTTC, que responderá pela parte gerencial, modelo pedagógico e contratação de pessoal, tudo a cargo do Centec.



    Em 2008, o governo reuniu instituições num plano integrado de Educação Profissional e Tecnológica e começou a redefinir ações, que estão sendo bem implantadas, com foco na educação profissional que estava esquecida, relata Hortência Sucupira. Os equipamentos dos três grandes laboratórios do IFCE foram especificados pelo Centec, IFCE, Adece e UFC.



    De acordo com a coordenadora, em 15 dias o governo dará a ordem de serviço para o início da construção a ser executada em 14 meses e no segundo semestre será feita a seleção de profissionais que vão trabalhar no CTTC. Pela previsão, o CTTC poderá capacitar em torno de 12 mil pessoas por ano. O CTTC está orçado em R$ 26.196.439,80. Do total de recursos, R$ 14,700.000,00 - destinados à construção - vieram de emenda no orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia colocadas pelos deputados Ariosto Holanda e Paulo Henrique Lustosa. Com a contrapartida R$11.496.439,80 do Estado serão adquiridos os equipamento e material permanente.



    A demanda por mão de obra para a Siderúrgica, levantada pela Adece, é de 47.637 profissionais; a da Refinaria é de 31.839 profissionais. O levantamento também define os cursos demandados e o número de alunos a serem atendidos. O CTTC destina–se principalmente àquelas pessoas que deveriam participar da População Economicamente Ativa (PEA), mas estão fora do mercado de trabalho por falta de oportunidades de emprego e que serão atendidos na implantação e operação do Complexo do Pecém, assinala o presidente do Centec.



    Odorico Monteiro observa que o CTTC será uma unidade de ensino profissionalizante voltada para a difusão de conhecimentos na área de serviços técnicos e para a transferência de processos tecnológicos, tendo como referência atividades nos setores da construção civil, eletromecânica e petroquímica e deverá compor a estrutura organizacional do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec). Segundo ele, tão logo seja concluído o primeiro bloco, já vão ser armazenados os equipamentos que estão sendo especificados para licitação - todos serão adquiridos até dezembro.



    Conforme Odorico Monteiro, a herança da casa grande e senzala está presente no Brasil, que não pagou indenização aos escravos e não fez a reforma agrária. “A classe de maior poder aquisitivo que sempre assegurou a educação dos filhos do ensino fundamental ao superior. Cabe ao governo do Ceará, garantir o itinerário formativo dos alunos das classes populares, pois muitos entram no ensino fundamental e se perdem”, observou.



    “Somos uma sociedade acuada atrás de muros. Não tem outra saída se não for pela educação”, disse Odorico Monteiro. Segundo ele, o Ceará vive uma revolução silenciosa ao construir oportunidades de crescimento econômico com inclusão social. “A política de aumentar o bolo para dividir não dá certo”, ele afirmou.



    “Não é a mão invisível do mercado que vai regular. É o estado que tem responsabilidade pública na educação”, disse Odorico. O presidente do Centec informou que chegou a um consenso com a secretária de Educação, Izolda Cela, o reitor do IFCE, Cláudio Ricardo Gomes de Lima e o secretário René Barreira, da Secitece, para evitar duplicidade de ações das instituições do Sistema de Educação Profissional e Tecnológica e fazer prospecção para definir demandas por formação de mão de obra.



    Thereza Maria de Castro Paes Barreto, cooordenadora de Educação Profissional da Secretaria de Educação, disse que as Escolas de Educação Profissional, as primeiras criadas a partir de 2008 em 28 prédios já existentes de 25 municípios, deverão chegar a 125 unidades até o final deste governo. Do total, 59 escolas já estão em operação em regime de dedicação exclusiva no período diurno. Os alunos têm três refeições, livros didáticos, fardamento, bolsa-estágio, ônibus escolar e apoio permanente à aprendizagem e à formação



    Em 2009, a rede recebeu mais 26 escolas em mais 19 municípios, e elevou o número de matrículas para 12.015. Este ano a total de matrículas subiu para 19.215 com mais oito escolas implantadas em três municípios. Pelo programa Brasil Profissionalizado, do Ministério da Educação, estão sendo construídas mais 22 Escolas Profissionais que serão concluídas em maio, informa a coordenadora de Seduc, e mais 31 escolas pelo governo do Estado.



    Conforme Thereza Barreto, o programa visa integrar a formação escolar de nível médio com uma habilitação profissional técnica através de educação acadêmica de excelência, formação para o mundo do trabalho e práticas e vivências em protagonismo juvenil. São oferecidos cursos técnicos nas áreas de segurança do trabalho, informática, enfermagem, finanças, guia de turismo, meio ambiente, comércio, agroindústria, meio ambiente, produção de moda, estética, aquicultura, edificações, contabilidade, massoterapia, administração, vestuário e hospedagem.



    Este ano, 4.230 alunos vão concluir o curso técnico de nível médio e receber bolsa de estágio de meio salário mínimo em empresas conveniadas. Quando todas as Escolas Profissionais estiverem funcionando, vão entregar ao mercado 20 mil técnicos de nível médio por ano, o mesmo tanto de novas matrículas que vão entrar no sistema. Também participaram da audiência pública Antonio Salvador da Rocha, pró-reitor de Extensão da UFC; Francisco Humberto Castelo Branco Araújo, da Companhia de Integração Portuária do Ceará; Litelton Ribeiro, do Sindicato dos Engenheiros do Ceará e Lúcia Teixeira, superintendente da Semace.



    Flaminio Araripe

    CTTC vai custar R$ 13,6 mi No CTTC iremos capacitar pessoas para trabalharem em projetos estruturantes para o Ceará, tais como siderúrgica, refinaria, energia e construção civil.




    A Ordem de Serviço para a construção do Centro de Treinamento Técnico do Ceará (CTTC) está prevista para ser dada pelo governador Cid Gomes até o próximo dia 15 de maio. Hoje, no entanto, está marcada uma reunião entre o secretário de Ciência e Tecnologia, René Barreira e a empresa vencedora da licitação para tocar as obras do equipamento, a CG Construtora e Incorporadora Ltda para a formulação do contrato avaliado em R$ 13.671.654,75.



    "No CTTC iremos capacitar pessoas para trabalharem em projetos estruturantes para o Ceará, tais como siderúrgica, refinaria, energia e construção civil. Serão cursos técnicos de formação inicial e continuada e com duração de três meses, seis meses, um ano, e que permitirá que não precisemos importar mão-de-obra básica", explicou o titular da Secitece.



    A unidade contará com área total construída de 9.100 m², em uma área projetada total de 16 m² e terá capacidade para treinar 12 mil alunos por ano.



    Nas áreas de Construção Civil e Eletromecânica, alguns dos cursos ofertados serão: ajudante de construção civil; bombeiro hidráulico; tubulações industriais; eletricista predial; ajustador mecânico; soldagem; eletricista industrial; controle de qualidade em processos de fabricação; dentre outros. Já na área Petroquímica, haverá ofertas para noções de processamento de petróleo; geopolítica do petróleo; análises de certificação e qualificação do petróleo e derivados; dentre outros.



    Situado no município de Caucaia, no entroncamento das rodovias CE 085 (Estruturante) com a CE 422 o equipamento irá ser gerido pelo Instituto Centec, com o qual o governo do Estado possui contrato de gestão para prestação de serviços de educação profissional.



    Segundo o presidente do Instituto Centec, Odorico Monteiro, a licença prévia emitida junto à Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) para começar a obra já está pronta. "O cronograma está andando dentro do previsto. O governador assina a Ordem de Serviço e, em seguida, a obra já é iniciada. O prazo para a execução das obras é de 12 meses", informa o presidente do Centec.



    Odorico Monteiro acrescenta ainda que já esteve em São Paulo, mais precisamente na cidade de Sorocaba, conhecendo as instalações de centros técnicos similares ao que será implantado para atender a demanda do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). "Nossa meta é, ao mesmo tempo que obras forem andando, já estarmos comprando os equipamentos. Já devemos fazer a licitação dos equipamentos (orçada em R$ 11.696.439,80)", afirma.



    O valor total da obra, publicado no edital é de R$ 27.266.438,12. Além dos laboratórios, o CTTC contará com auditório para 275 pessoas e cozinha semi industrial .



    Fonte:

    Diário do Nordeste

    Editoria: Negócios

    Data: 06/05/10

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